ADAMAS
Matéria Médica
ADAMAS
Dr. Claudio C. Araujo, M.D., F.F.Hom. (Lon) et al.
Entendendo Adamas
Algo fez descer umaa nuvem escura sobre o paciente Adamas. O mundo era claro e deixou de ser. Essa é a forma como o paciente Adamas percebe a realidade em torno de si mesmo.
Essa nuvem deve estar provavelmente relacionada à falta, à frustração, à falha do seu objetivo de vida. Essa nuvem está também associada à irritabilidade e ao mau humor.
A barreira se levantou e o afeto pelos seus filhos retornou. E agora tudo está mais claro, decisões etc. As coisas agoras são “ideais” e “perfeitas”.
O que fez a barreira/nuvem descer sobre ela?
O foco voltou. Mas o que tirou seu foco?
E antes, o que havia? O que é a nuvem?
Antes não eram? Como eram?
A paciente Adamas tem essas sensações positivas e eufóricas quando se vê livre da família, dos filhos, da responsabilidade social feminina.
Mas antes disso, dessa liberdade, ela se sentia mal? Se sentiria assim por não ser livre?
As mulheres Adamas anseiam por liberdade? E quando a obtém, se sentem fortes, superiors e capazes? E o preço a ser pago pela liberdade?
E sua relação com o mundo? Impuro, sujo, em destruição…
Sonho: Minhas duas melhores amigas estavam no sonho. Uma teve seu cabelo raspado e então crocus começaram a crescer e florecer por toda a sua cabeça. Eu achei lindo, mas minha amiga estava com medo das flores ferirem seu cérebro. A outra amiga tinha pinças de jardinagem e as tirou uma por uma. Ela não se feriu, as flores saíam facilmente, bulbos, raízes, etc. Eu decidi plantá-las no meu jardim.
“Crocus is one of those plants that is overlooked by the home gardener far too often, and that is truly a shame. The bulbs (or corms in some cases) are cheap, readily available, and easy to grow, and varieties include both fall and spring bloomers. These are plants that will perform admirably and provide vivid colors in the very seasons in which color is difficult to achieve. Due to their smaller stature, Crocus are more effective planted in drifts rather than just a plant or two here and there, so do go the extra mile and get as many as you can afford, regardless of whether you choose autumn or spring blooming varieties. All Crocus varieties are tough, hardy little plants, but they hate wet feet, so do provide a site with good drainage for best results”.
Sonho: que estava com J. Sherr enquanto ele escolhia um ovo para sua mãe. Ele escolheu o mais bonito. Melhor, lindamente decorado (como um ovo Fabergé) e me pediu para levá-lo até ela. Eu procurei por sua mãe, mas encontrei a Mãe de todo o Universo.
Sonhei que estava com um amigo e havia sido paga pra assistir a um filme que eu não conseguia compreender. Me trouxeram dois navios com elefantes dentro deles por um homem que tinha um elefante azul transparente que era bem mais convidativo. Ele estava numa fantasia elaborada, com uma máscara verde. Eu me sentei sobre suas pernas cruzadas (no seu colo), olhando pra sua fronte banhada no amor universal. Eu estava como um bebê rechonchudo, mas onde ele colocou suas mãos em torno do meu abdomen, me dei conta de que estava gorda ali. Ele sorriu e me disse que estava bem (a barriga) para uma jovem Buddha.
Nossa hipótese de compreensão é a de que Adamas é uma pessoa que deixa as questões triviais/cotidianas da vida (família, filhos, trabalho cotidiano, amigos de fim de semana) e se engaja num projeto diferente daqueles que a maior parte das pessoas se dispõe a fazer. Se dedicam a obras sociais, cuidam de hospitais de refugiados, dirigem ONGs, plantam árvores em areas desmatadas, dedicam a sua vida à projetos hercúleos. Elas têm essa impressão: a de possuírem uma força imensa, inesgotável, a força feminina, a força da noite, do Receptivo, do materno. Provavelmente não serão pessoas dedicadas a construir prédios (a não ser que seja para abrigar refugiados) mas como aparece em vários sonhos, são obras pra acolher crianças mutiladas, doentes, pessoas que precisam de cuidados. Por exemplo o chefe de um hospital pronto socorro que dedica sua vida a ajudar os pobres da sua região,ou a freira que parte para uma região desolada, devastada pela guerra e cria um sistema de emergência para crianças; pessoas que se propõem a empreender obras imensas voltadas às pessoas mutiladas, carentes e desamparadas.
Não existe para o paciente Adamas um momento seu, uma vida particular, sua vida será dedicada aos outros.
Os sintomas sexuais estão sempre cheios de obstáculos.
“Sonhei com um jogador de futebol que eu realmente gosto. Ele beijava minhas pernas. Nós caminhávamos pela rua e eu lhe dizia o quanto eu sentia de termos perdido a Copa do Mundo. Nós passávamos por restaurantes bastante simpáticos e lá haviam anúncios de meninos à venda. Os meninos eram deformados e de alguma forma tinham sido bastante mal-tratados”.
“… seis de nós entraram nesse aposento que estava cheio de carne morta, carcassas e cheiravam um odor terrível. Estávamos ali para ter sexo, mas cheirava mal demais…”
As escolhas do paciente Adamas escolhas estarão sempre voltadas para o coletivo, para as pessoas que precisam dele. Nesse sonho abaixo ele fala da sua crítica aos outros, que não estão tão atentos assim como ele está e que não irão dar valor às suas preocupações:
Um dia na praia, cuidando dos meus netos, enquanto a maioria dos homens estava pescando. No fim do dia eu voltei para averiguar se nada havia sido esquecido na praia enquanto todos os outros voltavam para os carros. Fiquei com raiva quando descobri que meu marido havia esquecido suas coisas e me preocupei de não encontrar meu caminho de volta. Eu estava bastante irritada com os homens quando voltei.
Também existe presente essa sensação: a de que enquanto os homens irresponsáveis se divertem, ela fica cuidando e averiguando se nada foi esquecido. E ela ainda corre o risco de ser esquecida e abandonada. Será “deixada para trás” por se sentir sem valor ou por se perceber feia ou por não saber fazer nada na vida? O que resta a Adamas é cuidar. Cuidar de todos os que estão indiretamente ligados à sua vida.
Com relação às suas escolhas na vida, esse próximo sonho nos indica como elas poderão vir a ser, o que encontraremos num paciente Adamas:
“Tive um sonho: eu tinha a chance de viajar em um de dois trens. Um estava cheio dos meus amigos e no outro só havia uma velha senhora que foi minha professora na escola. Eu queria muito estar com ela e consegui viajar no trem onde ela estava…
Adamas irá dedicar a sua vida a proteger os outros, a proteger as crianças deformadas que passaram por mal tratos:
Sonho: Nós estavamos na escola levantando fundos para caridade. Realizo que tudo é possível, se você põe seu foco naquilo.
Sonhei que estava no Banco e fazendo compras. E dei tudo pros outros.
Ela se vê como uma jovem Buddha ou ela é uma jovem Buda?
Se ela for de fato, por que adoeceria? Que dificuldades, obstáculos, dores, a afetariam e a adoeceriam?
Se ela se imagina uma pessoa dativa, espiritualizada e tenta agir como se fosse, quem seria ela na verdade?
Como os outros a vêem? O que pensam dela?
Se tudo for uma ilusão de perfeição, for somente um superego que assumiu essa história de lutar pelas crianças doentes, por que ela fez isso?
Quando ela fez isso?
A partir de que tipo de experiência ela desenvolveu esse superego?
Quando, em que momento da sua vida ela desenvolveu essa hipertrofia do Ego?
É difícil distinguir a falsa Buddha da verdadeira. Ambas devem ser Adamas: Buddhas incompletos, conflitados, que devem poder mudar/corrigir suas perpectivas a partir da medicação homeopática correta.
Por que ela escolheu esse caminho de elevação, amor aos outros, de cuidar dos desfavorecidos, de abandonar sua família, marido e filhos (ou nem mesmo tê-los) nesse processo de espiritualização?
O estudo da Dinâmica Miasmática, segundo a metodologia do Dr. Masi, diz que ela invejou a Perfeição de Deus. Teria invegado a perfeição de Deus por se sentir imperfeita? Por estar suja por dentro, o mundo sujo? O mundo é sujo, ela é suja, onde estaria nesse nosso estudo a Perfeição de Deus?
Com certeza ela considera a vida cotidiana e os modelos familiares como algo a ser deixado pra trás, abandonado. E viaja nessa barca espiritual. Por quê?
Para melhorar como ser humano. Num esforço imenso de deixar de ser a pessoa incapaz e ruim que ela imagina ser. O mundo é sujo, impuro e ela, também suja e impura, tem que se livrar dessa sujeira interna vomitando.
Cuidando dos outros, destroçados?
Ela quer o brilho e a pureza do diamante? É ligada em poder, riqueza?
Deverá haver uma paciente Adamas que afirma a distância entre ela e os outros?
Ela tem ilusões de riqueza…
Como ela se sente, como se percebe, o que vê à sua volta?
... após tomar o remédio, novamente eu fiquei surpreendido pelo brilho (sparkling) … antes de tomar, parecia que eu estava cercado pela escuridão e pela sujeira.
... Preciso de ar – fresco, frio, limpo. Me sinto empanzinado por dentro. Essa sensação tem relação com a sensação da comida ser suja.
Tudo parecia estar complementado por tudo o mais: equilibrio e harmonia, ordem e forma no universo.
Usei a energia criativamente, encontrei a ordem.
Equilíbrio e Harmonia são decorrentes da Lei Universal. Onde existe a presença da Lei Universal, existe Ordem, forma, equilíbrio, o Cosmos.
Adamas vai buscar na Lei Universal que ele tanto sente falta, agora refletida na Natureza, na força feminina.
As crianças mutiladas são a dis-harmonia, a ausência da Lei. E ela as observa, impotente. Não há nada que ele possa fazer e nem elas são mais de sua responsabilidade. A maioria dos sonhos com crianças falam da mesma coisa: as crianças não são seus filhos, estão doentes e não é da sua responsabilidade direta cuidar dos bebês mutilados, outras pessoas assumem esse trabalho. Por mais que isso a incomode.
E viver nessa disarmonia é difícil demais. Uma vida depressiva, sem saída.
Ela não terá estímulo para o trabalho, para ter filhos e família. Como alguém pode viver feliz com a sensação de que está cercada, por dentro e por fora, pela sujeira, escuridão, mutilação e maus tratos?
Como alguém pode viver com à péssima impressão que a paciente Adamas tem de si mesma?
Ela é suja por dentro, feia, o mundo sujo por fora, enlameado.
Adamas deve viver nesse conflito entre querer ajudar, de ter compaixão pelas crianças mutiladas e a sensação que não pode fazer nada, não é da sua conta.
Lá ao longe, de um outro mundo - do Éden - ela vê o estado de destruição desse mundo e se ressente de não estar mais aqui, não poder ajudar.
A vida espiritual pode ser uma tentativa de compensação do seu sofrimento. Ir para as montanhas, se isolar, levar uma vida monástica, espiritual, mais próxima das Leis Espirituais e as da Natureza, longe das loucuras do mundo. Se tornar um Buddha, ter um guru a quem ela siga, alguém com uma pedra preciosa no 3º Olho, talvez seja a única saída para que esse mundo se torne mais suportável.
Cuidar da natureza, plantar um jardim, viver ao ar livre, com bastante ar, espaço, harmonia á sua volta. Mas sempre com a consciência de que deixou de fazer algo, embora ela agora esteja num mundo mais perfeito, ainda assim ela deixou algo que ela deveria ter feito pra trás.
Algumas questões seriam importantes na estratégia de vida de Adamas:
1.Ter uma vida ligada à natureza, ao campo.
2. Amor pelo belo, pelas Artes, pelas jóias. Pelas coisas que significam valor, estética, brilho, perfeição, admiração, etc. Tudo que o faça fugir da impressão inicial, de que esse mundo é sujo e sem Lei.
3. Levar uma vida regrada, exemplar, ligada às leis espirituals. Não poder falhar com o próximo. Preocupada com as Leis Cósmicas. Uma vida organizada, contas em dia, uma profissão com responsabilidade, sucesso.
4. Ser uma pessoa Dependente/Independente. Ser independente dos ganhos do marido, mas ser dependente dos rendimentos do trabalho.
5. Devem cuidar da natureza, das terras, do sítio, da fazenda e dos frutos da natureza, que são as crianças. Mas como o mundo é sujo, as crianças à sua volta estarão doentes. Adamas não deve ser um cuidador direto (enfermeiro, médico) mas sim um parente preocupado com a saúde dos seus.
As crianças têm uma grande probabilidade de serem disléxicas. Dificuldades com a fála, com o caminhar, com a alimentação. Devem ter pouco apetite, se desenvolver com atraso, vomitar a comida com facilidade. Devem ter medo das máscaras, das bruxas, do escuro, devem ter aquela constipação das criancas que seguram as fezes dentro delas. Para não verem o que sái de dentro do corpo.
Devem ser pessoas obedientes, mais tarde. Vão ter dificuldades no aprendizado. Ligadas às jóias, à beleza, crianças vaidosas.
Roupas da cor laranja são as dos monges tibetanos.
Uma pessoa independente, sozinha, solteira, sem filhos,
Hipocondríaca, sempre cuidando da saúde, visitando os médicos.
Mania de limpeza, sua casa é arrumada, contas pagas, tudo em dia.
Sua consciência às vezes lembra à ela que ela deveria cuidar um pouco mais das pessoas próximas, ela até se move nessa direção, mas logo se fecha, se volta pra si mesma. Sua casa é o melhor lugar pra viver.
Os outros só querem lhe tirar seu tempo, seu conforto, sua privacidade.
Gosta de plantas, natureza, mas prefere ficar em casa.
Horror ao convívio com as pessoas, ela adora seus médicos.
Avarenta de si mesma, de sua disponibilidade.
Grupos de Adamas, sintomas da patogenesia dirigida por J. Sherr:
Como ela se sente, como se percebe, o que vê à sua volta?
... após tomar o remédio, novamente eu fiquei surpreendido pelo brilho (sparkling) … antes de tomar, parecia que eu estava cercado pela escuridão e pela sujeira.
... Preciso de ar – fresco, frio, limpo. Me sinto empanzinado por dentro. Essa sensação tem relação com a sensação da comida ser suja.
Tudo parecia estar complementado por tudo o mais: equilibrio e harmonia, ordem e forma no universo.
Usei a energia criativamente, encontrei a ordem.
Equilíbrio e Harmonia são decorrentes da Lei Universal. Onde existe a presença da Lei Universal, existe Ordem, forma, equilíbrio, o Cosmos.
Adamas vai buscar na Lei Universal que ele tanto sente falta, agora refletida na Natureza, na força feminina.
As crianças mutiladas são a dis-harmonia, a ausência da Lei. E ela as observa, impotente. Não há nada que ele possa fazer e nem elas são mais de sua responsabilidade. A maioria dos sonhos com crianças falam da mesma coisa: as crianças não são seus filhos, estão doentes e não é da sua responsabilidade direta cuidar dos bebês mutilados, outras pessoas assumem esse trabalho. Por mais que isso a incomode.
E viver nessa disarmonia é difícil demais. Uma vida depressiva, sem saída.
Ela não terá estímulo para o trabalho, para ter filhos e família. Como alguém pode viver feliz com a sensação de que está cercada, por dentro e por fora, pela sujeira, escuridão, mutilação e maus tratos?
Como alguém pode viver com à péssima impressão que a paciente Adamas tem de si mesma?
Ela é suja por dentro, feia, o mundo sujo por fora, enlameado.
Adamas deve viver nesse conflito entre querer ajudar, de ter compaixão pelas crianças mutiladas e a sensação que não pode fazer nada, não é da sua conta.
Lá ao longe, de um outro mundo - do Éden - ela vê o estado de destruição desse mundo e se ressente de não estar mais aqui, não poder ajudar.
A vida espiritual pode ser uma tentativa de compensação do seu sofrimento. Ir para as montanhas, se isolar, levar uma vida monástica, espiritual, mais próxima das Leis Espirituais e as da Natureza, longe das loucuras do mundo. Se tornar um Buddha, ter um guru a quem ela siga, alguém com uma pedra preciosa no 3º Olho, talvez seja a única saída para que esse mundo se torne mais suportável.
Cuidar da natureza, plantar um jardim, viver ao ar livre, com bastante ar, espaço, harmonia á sua volta. Mas sempre com a consciência de que deixou de fazer algo, embora ela agora esteja num mundo mais perfeito, ainda assim ela deixou algo que ela deveria ter feito pra trás.
Algumas questões seriam importantes na estratégia de vida de Adamas:
1.Ter uma vida ligada à natureza, ao campo.
2. Amor pelo belo, pelas Artes, pelas jóias. Pelas coisas que significam valor, estética, brilho, perfeição, admiração, etc. Tudo que o faça fugir da impressão inicial, de que esse mundo é sujo e sem Lei.
3. Levar uma vida regrada, exemplar, ligada às leis espirituals. Não poder falhar com o próximo. Preocupada com as Leis Cósmicas. Uma vida organizada, contas em dia, uma profissão com responsabilidade, sucesso.
4. Ser uma pessoa Dependente/Independente. Ser independente dos ganhos do marido, mas ser dependente dos rendimentos do trabalho.
5. Devem cuidar da natureza, das terras, do sítio, da fazenda e dos frutos da natureza, que são as crianças. Mas como o mundo é sujo, as crianças à sua volta estarão doentes. Adamas não deve ser um cuidador direto (enfermeiro, médico) mas sim um parente preocupado com a saúde dos seus.
As crianças têm uma grande probabilidade de serem disléxicas. Dificuldades com a fála, com o caminhar, com a alimentação. Devem ter pouco apetite, se desenvolver com atraso, vomitar a comida com facilidade. Devem ter medo das máscaras, das bruxas, do escuro, devem ter aquela constipação das criancas que seguram as fezes dentro delas. Para não verem o que sái de dentro do corpo.
Devem ser pessoas obedientes, mais tarde. Vão ter dificuldades no aprendizado. Ligadas às jóias, à beleza, crianças vaidosas.
Roupas da cor laranja são as dos monges tibetanos.
Uma pessoa independente, sozinha, solteira, sem filhos,
Hipocondríaca, sempre cuidando da saúde, visitando os médicos.
Mania de limpeza, sua casa é arrumada, contas pagas, tudo em dia.
Sua consciência às vezes lembra à ela que ela deveria cuidar um pouco mais das pessoas próximas, ela até se move nessa direção, mas logo se fecha, se volta pra si mesma. Sua casa é o melhor lugar pra viver.
Os outros só querem lhe tirar seu tempo, seu conforto, sua privacidade.
Gosta de plantas, natureza, mas prefere ficar em casa.
Horror ao convívio com as pessoas, ela adora seus médicos.
Avarenta de si mesma, de sua disponibilidade.
Temas presentes na a experimentação de J. Sherr:
Relação com o mundo à sua volta:
As coisas não têm propósito, não são claras.
As coisas brilham, são faiscantes.
Antes de tomar o remédio, parecia cercado/as coisas estavam todas escuras e sujas.
O mundo é impuro. O remédio devolve a pureza do olhar, o brilho às coisas.
Viajou 120 milhas pra ver as jóias.
Precisa disso, de ver as jóias (pureza, beleza?) no mundo. Não importa quanto precisa viajar!
Preciso de ar, espaço e beleza à minha volta.
Desejo de limpeza.
Harmonia com o universo, equilíbrio. Encontrar a ordem.
Sensível à música e harmonia.
Me sinto cheio por dentro, a comida estava suja.
Sensação de estar cercada de sujeira. Quero me trancar em casa e me separar de tudo.
Vontade de pôr as coisas em ordem. Em dia, tudo nos seus lugares.
Contas em dia, mesa limpa, telefonemas dados, ter a vida organizada.
Penso muito numa casa de campo que eu quis comprar e fico triste por não ter comprado. Sentimento que seria uma benção estar sozinha ali e ser criativa no jardim. Nenhum som exceto os pássaros, só relaxar e ficar só.
Sensação maravilhosa de estar onde eu queria estar e era em casa. Sensação forte de contentamento.
Acordei de um sonho assustador. Eu tinha sido feita prisioneira e minhas crianças tinham sido levadas. Eu adormeci e a prisão se transformou no lançamento de um foguete. Me disseram “você foi selecionada a deixar esse planeta moribundo”. Lá do novo mundo, que era lindo, cheio de borboletas, verde como o Éden eu olhava para o mundo que eu havia deixado com tristeza. “Eu fui trazida pra cá muito cedo, ainda havia muita coisa a ser feita lá”.
Pressa de fazer as coisas. Impaciente. As coisas tem que acontecer logo.
Usa roupas coloridas, claras.
Sinto a sensação de separação com o mundo, não meu espírito ou corpo, mas eu todo, não posso tocar o mundo.
Relação com o trabalho:
Melhor na prática médica, tendo mais resultados, percebendo melhor as dificuldades e sintomas dos pacientes.
Preso numa armadilha (trabalho)
Ganhei muito mais dinheiro com as consultas esse período.
Está mais eficiente, organizado, produtivo.
Relação com os outros:
Me sinto mais conectado; com as pessoas; mais aberto, fazendo mais contatos;
(após o remédio)
Estou mais observador e tenho a sensação de ser observado. A parte observadora tem um aspecto feminino e a observada, masculina, tem um tom crítico na voz.
Separado dos amigos; me sinto de fora deles. A sensação de nuvem me deixou com a sensação de desapego e separação (dos outros).
Quero viver enterrado na terra, escondido ali dentro.
Desejo de me libertar, por pra fora.
Não quer ver ninguém, quer ficar só. Quieto. Irritado, com todos.
Não quero saber dos problemas dos outros, não quero escutar os problemas da minha mãe.
Me sinto desconectado com o que se passa no meu relacionamento.
Difícil entender por que ela não aceita meu ponto de vista. Eu me desligo dela e me desconecto.
Quero ficar desconectada. Detached. Não competitiva. Alice in Wonderland. Não quero me envolver nas conversas.
Durante o coito:
Não quer ser tocada, sem interesse sexual.
Distante, como se não estivesse aqui.
Sensação de ser maltratado, uma mistura de insulto e humilhação.
De ser enganado. Traído. O que afeta minhas relações sociais.
Insultado. O pior insulto foi o de me dizerem que me tornei igual ao meu pai.
Raiva, se me criticam. Sou crítica.
As pessoas me frustram e me impacientam.
Ríspida e brusca com as pessoas.
Paranóia, as pessoas me odeiam, todos os que passam pela rua me odeiam. Acho que eles vão me bater. As pessoas riem de mim e me odeiam.
Enfurecida, raivosa, ao ter dinheiro roubado.
Sou implicante, tenho ciúmes e raiva das pessoas. Me sinto fria, vazia e muito raivosa, quase cruel.
Intolerante demais. Dura, fria. Desconsidero os outros, não empatizo com o sofrimento deles.
Não tenho sentimentos afetuosos nas relações e na sexualidade.
Raiva, o barulho das pessoas no andar de cima soa como passos de elefante. Quero matá-los.
Muita raiva e ódio pelas pessoas. Quero ficar sozinho e longe dessas pessoas que me incomodam. Um sentimento de raiva, ressentimentos, uma parte é direcionada contra eu mesmo.
Remorso após a raiva.
Sonho: Uma garota japonesa veio a sentar de um lado da mesa e uma mulher idosa que era quase calva sentou com ela. (era a sua avó) e eu sabia que ela era má. Ela tinha um espírito muito mau. Eu sabia que ela era uma pessoa má e que havia feito coisas ruins.
Eu me pronunciei e não me importei com o que as pessoas pensavam.
Manifestei minha opinião numa reunião. Me senti liberada.
Protegendo os outros, crianças, mas NUNCA a responsabilidade direta é dela:
Sonho: dois bebes sem pernas sendo cuidados. Eu queria ajudar, mas a enfermeira me disse que não era necessário.
Sonho: Eu tinha um bebe de pernas chatas, com 5 meses. E eu o banhava. …. Era minha mãe quem se responsabilizava por ele. Eu continuava banhando-o pensando que não tinha “baby equipment”.
Sonho: protegendo um bebe de um conhecido “voodoo danger” com a ajuda de alguns homens. Tinha a sensação que deveria fazer as coisas sistemáticamente e com pressa e então todos estaríam à salvo. Me senti calma e organizada. O bebe não tinha a mão direita.
Vários sonhos com bebes sendo ameaçados/protegidos/deformados/pintinhos sem bico, bebes sem partes do corpo, homens estranhos ameaçadores. Que perde o bebe, sua mãe não se importa e ela o encontra coberto de terra, frio e rígido. Esse bebe não era dela.
Relação com o marido/esposa/família
Raiva; irritação do marido, aversão, não quer ficar perto, várias brigas horrorosas com ele. Raiva e irritação descontroladas com ele.
Fui usada por ele e por minha família; tive que me enquadrar às exigências deles e não segui minha própria vida.
Vontade de fazer as malas e ir-me embora.
Fui tomado por uma onda de ódio pela minha esposa.
Raiva do namorado.
Me senti culpada por deixar meu marido triste. Mas eu fiz. Estava determinada a lutar pelo que eu queria.
Me sinto presa numa armadilha. Sair de casa melhora.
Deixou a família, levou só uma criança e passou 3 semanas nas montanhas nevadas.
Desejo excepcionalmente forte de deixar meu casamento e as crianças e viver uma vida clara e não enlameada.
Aversão aos filhos.
Sonho: Fui com minha filha ao dentista. Ela foi colocada numa cadeira alta, com a cabeça fixa por uma faixa metálica (como numa cadeira elétrica). Ela foi enfaixada e anestesiada (com gás) ela teve uma convulsão e foi atirada fora da cadeira. Eu me sentei calmamente e perguntei aos 5 homens de capotes brancos que entraram se esse era o procedimento normal, anestesiar alguém sem a permissão deles.
Minha filha me disse que não fui uma boa mãe.
Sensação de independência; que eu posso ganhar o suficiente pra manter a mim e às crianças, sem meu marido.
Não me sinto tão dependente dele, me sinto mais um indivíduo.
Sensação de rebelião.
Sensação de um forte amor pelas crianças. Ao olhar pra filha senti uma barreira sendo levantada ou uma nuvem me deixando. Senti como se eu realmente pudesse vê-la, que ela era minha, porém separada.
Mais protetora e amorosa com as crianças, com menos necessidade de controle. Aceitando mais pelo que elas são.
Mais conectada às crianças. Ao marido.
(sintomas curativos?)
Relação consigo mesmo:
Não sou eu mesmo.
Não tenho valor, não sirvo pra nada. Não tenho uma vida. Tudo está em torno do namorado. Se ele se for, não tenho nada.
Baixa auto-estima. Não sou bonita, não valho à pena, não sou uma pessoa interessante para os outros.
Insatisfeita com meu corpo. Quero fugir dele. Fugir de mim mesma.
Quero vomitar tudo de dentro de mim. Quero por tudo pra fora de mim.
Me sinto gorda.
Choro em desespero. Nada do que faço está certo. Desejo de esfaquear. Me sinto muito diferente dos outros humanos.
Queria ter algum suporte. Não suporto qualquer demanda emocional. Pedi ajuda ou um remédio.
Não ter suporte (dos outros) me dá raiva.
Raiva, por não me darem suporte físico e emocional.
Mal tratado, necessidade de ser ouvido e compreendido.
Relação com a estrutura. Ao sair a nuvem eu tive de volta o sentido de estrutura que eu havia perdido.
Vários sintomas de hipocondria, medo de cancer, de perder a saúde, que não se cuida, etc.
Relação com o poder (da noite):
Me senti alta e larga. Sou um gigante – sensação poderosa.
Me senti poderosa. É bom ser mulher. Sensação de controle sem inibições. Me senti livre.
Sensação de poder absoluto, invencível.
Excitada pelo poder da noite.
Curtindo a força poderosa da noite, posso voar pela escuridão.
Relação com a responsabilidade:
Me sinto calma. Abdiquei de toda a responsabilidade.